Empresas que prestam serviço de manutenção e atendem indústrias costumam enfrentar problemas de gestão relativos ao controle das operações de campo e a tomada de decisão estratégica.
Porém, a manutenção preventiva, que tem esse objetivo, ainda é deixada em segundo plano por muitos gestores.
Para você ter uma ideia, dados preliminares de amostragem da ENGETELES mostraram que 81% dos gestores de manutenção não sabem a confiabilidade dos seus ativos para os próximos anos, não pautam suas ações em indicadores, não têm método ou estratégia e implantam planos sem contar com dados.
Esses certamente são indicativos para repensar a estrutura do plano de manutenção preventiva que, sobretudo no setor industrial, serve para alavancar os índices de disponibilidade e confiabilidade dos ativos.
No artigo de hoje, falaremos justamente sobre isso, como oferecer um plano de manutenção preventiva reduzindo custos operacionais e aumentando a satisfação dos clientes. Confira!
O que é um plano de manutenção preventiva?
Um plano de manutenção preventiva é um documento, ou vários deles, que têm o objetivo de registrar todas as ações de manutenção preventiva em detalhes. Isso inclui:
- Frequência;
- Localização do equipamento;
- Materiais e peças que são utilizados e;
- Profissionais responsáveis pelos reparos.
No documento devem constar todos os dados que mostrem aos colaboradores o que fazer de maneira intuitiva. Dessa forma, ele se torna uma base para a gestão e tomada de decisão de forma muito mais rápida.
O que as empresas ganham em seguir um plano?
Quando não há a programação das atividades de manutenção, automaticamente se gera um ciclo difícil de reverter. Isso porque a manutenção, dessa forma, se torna na maior parte das vezes corretiva.
Você trabalha “apagando incêndios” e acaba desgastando os seus técnicos de campo.
Para os clientes, o resultado é o aumento de falhas, os custos com reparos e a inatividade das máquinas.
Ao contrário, quando existe um plano de manutenção preventiva há uma significativa redução de desperdícios. E isso não envolve somente materiais, mas mão de obra e tempo.
Inclusive, dados da ENGETELES mostram que quando uma atividade é realizada sem planejamento, há 65% de desperdício de tempo. Ou seja, se a jornada de trabalho for de 8 horas, somente 2,8 delas serão realmente aproveitadas.
Além disso, o plano de manutenção preventiva é essencial para garantir mais confiabilidade ao serviço, produtividade, qualidade na manutenção preventiva e, quando necessário, na manutenção preditiva.
Quais os principais pontos da manutenção preventiva para indústrias?
Fazer um plano de manutenção preventiva pode não ser uma tarefa difícil de executar, mas exige tempo e dedicação.
Afinal, todos os equipamentos devem ser analisados, verificados e seus índices mensurados para que as próximas manutenções sejam programadas de forma assertiva.
Há diversas ferramentas que auxiliam as indústrias a elaborarem um plano, mas independente disso, há alguns pontos fundamentais a serem levantados para que todos os processos sejam harmonizados.
Veja quais são eles:
- Serviços que deverão ser analisados;
- Qual será a periodicidade de cada análise;
- Quem serão os responsáveis pela execução das manutenções;
- Quais serão os recursos necessários, como ferramentas, pessoal e peças;
- Qual será o tempo gasto em cada serviço;
- Qual será o custo total e por máquina.
O que definir antes de colocar o plano em prática?
Para colocar um plano de manutenção preventiva em prática é fundamental, primeiramente, fazer um levantamento completo de informações que irão nortear as atividades futuras. Entre elas estão:
1. ELABORAR UMA MATRIZ DE ACORDO COM O NÍVEL DE CRITICIDADE
A primeira coisa a se definir deve ser o nível de criticidade de cada máquina. Para isso, elas devem ser classificadas segundo critérios como segurança, necessidade, custo e frequência de falhas.
2. ELABORAR UM FMEA
Para que um plano de manutenção seja realmente eficiente é preciso contar com técnicas altamente estruturadas e sistematizadas para análise de falhas, como o FMEA ((do inglês Failure Mode and Effect Analysis) ou Análise dos Modos de Falha e seus Efeitos. Ele traz confiabilidade ao processo, pois envolve a revisão do maior número possível de peças e montagens para identificar as causas e efeitos de possíveis falhas.
3. CONSULTAR O MANUAL DO FABRICANTE
Para que as máquinas contem com uma manutenção preventiva no tempo e da maneira certa, é importante consultar o manual do fabricante. Assim, é possível conhecer em detalhes o seu funcionamento e, posteriormente, seguir as recomendações de manutenção planejada que constam no documento.
4. CALCULAR O TEMPO DE VIDA ÚTIL DE CADA EQUIPAMENTO
A periodicidade da manutenção de cada equipamento deve ser baseada, em boa parte, em seu tempo de vida útil.
Portanto, para que o plano de manutenção preventiva seja realmente eficaz e se saiba quais e quando determinados componentes devem ser trocados, por exemplo, é essencial fazer um cálculo que determine qual é o período de reparo ou troca de cada equipamento.
5. SIGA O SEU PLANO DE MANUTENÇÃO
A partir dos pontos acima já definidos, comece a colocar em prática o plano de manutenção, estipulando início, meio e fim, etapas, frequência, profissionais envolvidos, etc.
Como basear um plano de manutenção em dados e reduzir custos?
O plano de manutenção de uma empresa pode (e atualmente deve) se basear em dados para controlar com mais agilidade e facilidade o ciclo de manutenção de máquinas, além de fazer uma gestão de manutenção mais eficiente como um todo.
Uma solução que traz diversos benefícios para o gerenciamento da manutenção de compressores de ar e geradores é a iliOt, única plataforma com integração IoT que permite a medição dos tempos de trabalho das máquinas. Entre suas funcionalidades estão:
- Envio de OSs online;
- APP remoto;
- Sensoriamento/gestão de manutenção virtual (PMP – Planejamento de Manutenção Preventiva);
- Sensoriamento/gestão de manutenção automático (sensores);
- Gestão de manutenção de dispositivos por tempo;
- Gestão de ocorrências;
- Geração automática de alertas/alarmes de eventos monitorados pela plataforma;
- Geração de OSs associadas à ocorrências de maneira otimizada;
- Preenchimento de dados automáticos de OSs;
- Relatórios automáticos;
- Criação de formulários/checklist de OSs;
- Recursos APP (assinatura de OS em campo, visualização de relatórios, etc.).
Agora que você aprendeu as boas práticas para otimizar o seu plano de manutenção, saiba mais sobre a solução que a iliOt oferece para empresas de manutenção!